quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Ética da Permacultura


A ética da permacultura é baseada em três princípios simples e poderosos onde a palavra chave é o cuidado.
Depois de termos conquistado toda a Terra, a preço de pesado estresse da biosfera, é urgente e urgentíssimo que cuidemos do que restou e regeneremos o vulnerado. Desta vez ou cuidamos ou vamos ao encontro do pior. Daí urge passar do paradigma da conquista ao paradigma do cuidado. (Leonardo Boff, teólogo)
Princípios éticos da permacultura
  • Cuidar da Terra
  • Cuidar das Pessoas
  • Partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução
Cuidar da Terra fala do respeito a todas as coisas do planeta, sejam estas vivas ou não. É permitir e incentivar que todos os sistemas vivos possam continuar e se multiplicar.
Cuidando dos ecossistemas, das espécies, das águas, dos solos e da atmosfera em todos os momentos de nossa vida, teremos assim um mundo mais saudável por mais tempo. Esse cuidado, esse respeito deve se refletir em nossa rotina diária, com decisães responsáveis. Que são atitudes que valorizam a vida, usando recursos de forma adequada não apelando ao consumismo exagerado e ao desperdício.
Cuidar das Pessoas é importantíssimo, pois apesar da espécie humana não ser a mais populosa do planeta, é a que mais causa danos e mais rapidamente. Portanto, se ao cuidarmos das pessoas, conseguirmos que todas recebam o básico para suas vidas, teremos um planeta com mais chances de se tornar sustentável. Essas necessidades básicas podem ser abrigo, alimento, tratamento de resíduos, educação, trabalho e relaçães humanas saudáveis.
Partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução são atitudes que estão ligadas ao primeiro e segundo princípios.
No caso da reprodução humana, este princípio nos coloca o desafio da paternidade responsável. E extende-se à reprodução de animais para consumo, que hoje está além do que o planeta pode suportar.
Partilhar os excedentes significa redistribuir os recursos que temos além de nossas necessidades, como alimento, dinheiro, tempo, etc… e compartilhar recursos como máquinas e ferramentas de forma cooperativa. Sempre priorizando o fluxo em vez do acúmulo.
Definir limites para o consumo é a base do consumo responsável.
Hábitos do consumo responsável (Cinco R):
  • Recusar materiais e atitudes poluentes, tóxicas ou que degradem o ambiente na sua extração ou no seu descarte.
  • Reduzir o consumo dos recursos, controlando com consciência nossas próprias necessidades e, principalmente, cortando os supérfluos.
  • Reutilizar materiais e recursos em sua forma original, diminuindo o volume de resíduos que são jogados fora e evitando o gasto de energia para que sejam transformados em outros elementos.
  • Reciclar materiais, agora chamados de “resíduos”, para que possam voltar ao início do processo como recursos (um novo ciclo).
  • Restaurar o ambiente natural sempre que possível (na verdade, o ideal é evitar que o ambiente, natural ou construído, seja degradado em primeiro lugar – o que nos leva ao primeiro R de recusar

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