segunda-feira, 25 de abril de 2011

Criando projectos de economia comunitária

Fora do capitalismo todo o mundo terá direito a fazer uso do que precisa, quando ninguém este fazendo. Todo o mundo será proprietário do que usa e se são várias as pessoas que o utilizam, será uma propriedade comunal. Os conhecimentos passaram a ser livres e todo o mundo poderá desfruta-los.



Todo o mundo terá coisas que aportar ao bem comum e cada um só por ser membro da comunidade, receberá o que precisa para viver: tecto, calor, comida, agua, educação, saúde, electricidade... Juntos compartiremos o que sabemos e aprenderemos de novo.



Podemos definir estas relações não mercantilistas baseadas no direito de uso, como economia comunitária. Quando compartimos, damos ou cedemos sem que nos compensem com nada a câmbio, estamos criando uma economia comunitária. Para iniciar um projecto precisamos sobre tudo, duas coisas. Em primeiro lugar, produção e recursos próprios. Em segundo lugar, pessoas que o queiram compartir. Quantas mais necessidades básicas possamos cobrir a partir destas produções e recursos, mais completo poderá ser nosso projecto de economia comunitária.



Para poder alcançar este objectivo de ampliar a economia comunitária, um exemplo já existente são as lojas grátis, onde podemos deixar o que não usamos e podemos pegar no que precisamos.

Uma ampliação desta ideia seriam os armazenes colectivos, onde podemos deixar electrodomésticos ou aparatos informáticos que há que reparar, ou por exemplo materiais de construção que em algum momento alguém pode necessitar.



Para por em marcha uma loja grátis ou um armazém colectivo só necessitamos um local, uma nave, ou um solar que possamos proteger. Sempre que conseguimos fazer uso sem dinheiro por meio, graças a uma cessão de uso (ver página de masoveria) ou uma okupação, poderemos sacar adiante o projecto que nos permitira compartir bens e materiais sem, ter que comprar.



Como exemplo concreto de esta extensão de economia comunitária, Ramitas,

a rede de apoio mútuo, afincada em Asturias, baseando-nos nas antigas

“andechas” (grupos de trabalho vizinhais que se formavam sobre tudo nas épocas

de colheita) formam quadrilhas de trabalho para dar uma mão onde se necessite:

ajudar a reconstruir uma casa, reparar uma antiga ponte, recuperar uma quinta para

seu cultivo… Ver: http://ramitasdelcampo.blogspot.com/

Mais info: http://www.sincapitalismo.net/grup/economia-alternativa



Pag: 16 Passa do capitalismo, deita-o fora!

Um comentário:

  1. Muito bom o foco do seu blog. Acho fundamental investir em projetos de economia comunitária. São como câncer dentro do sistema capitalista... abraço!
    Mônica

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