quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Água se planta com diversidade



Em períodos de secas, queimadas e clima insalubre devido a baixa umidade do ar e a fumaça dos incêndios, ocasionando um desastre ambiental de proporções catastróficas para o Brasil e o mundo é mister lembrar as lições de Ernst Götsch e as suas amadas e benfazejas agroflorestas.



Ernst Götsch nos mostra que agroflorestas são agroecossistemas semelhantes aos sistemas naturais.


Observando esta premissa ecossistêmica recupera solos degradados, sem insumos de fora, ao contrário da “revolução verde” e do modelo insustentável do agronegócio latifundiário e da monocultura.


A agrofloresta evita ciclos anti-ecológicos com desarmonia inoportuna.


O Planeta Terra é um biocondensador, pois capta 1% da energia solar e armazena hidrocarbono, portanto as queimadas são suicídio.


A agrofloresta produz madeira, que não é plantada com esta finalidade exclusivamente, pois é um subproduto.

"As espécies tem função prazerosa, criam o paraíso na Terra em comunicação."



Ernst Götsch nos conta que comprou uma fazenda com o sintomático nome de “Fugidos da Terra Seca”, em Tabuleiro de Valença, na Bahia.


Implantou o sistema de agroflorestas neste lugar seco e que o sistema impede secas na fazenda, mudando o nome da fazenda para “Olhos d’água”, pois as chuvas são retidas, houve formação de córregos, e tem quase o dobro de precipitação pluvial que as outras propriedades rurais no entorno.


Conta que se vale dos dispersores naturais de sementes: pássaros, até animais exóticos, cotias,outros considerados extintos, frugívoros como o macaco-prego são plantadores de cacau e de jaca.


Outro semeador é a paca, gavião planta pupunha, a saúva é grande reflorestadora.

Otimizadores do processo da vida!


Lembra que o guanandi na Mata Atlântica é indicador de nascente de água.


Minhocoçu,com cerca de 2 metros e 350 gramas é indicador de terra boa.


Sua dica é plantar o que pode dar no local.


A regeneração na floresta ocorre a partir de clareiras, até chegar a uma mata de clímax com ipês-roxo, guapuruvus.

Na caatinga planta sisal, depois beldroega, mandacaru ( cactus ), guandu, feijão,caju,mamão. 

Na clareira planta logo pitanga e ingá, por exemplo.

Cuidado com animais domésticos( cabras, ovelhas, porcos,bovinos) pois modificam a paisagem, originando a estepe.


Saber do princípio hermético, atentando para processos regenerativo, respiratório.


Cada espécie é pré-determinada pela que a precedeu.


Colonizadores (bactérias), acumuladores com ciclos respiratório e regenerativo paralelos à ação dos polinizadores como as formigas, insetos, animais dispersores de sementes trazem muita abundância com muitos animais de grande porte atuando juntos com a sucessão natural para uma biodiversidade consolidada.


"A Vida baseada no Amor Incondicional gera abundância."


"Somos parte de um sistema inteligente."



“A vida não conhece tempo, conhece fluxo.”


A placenta da agrofloresta são as vassouras, marcela, guandu.As criadoras da placenta são batata-doce,mandioca para uma densidade definitiva de vegetação semelhante a um monocultivo com respiração para levar a
uma transformação com plantas secundárias tais como banana-nanica, araçá-mirim,
jurubeba, tomate de árvore e chegando a um ciclo longo com pitanga, goiaba,
abacate, araticum, ingá-cipó, algumas das canelas.


Lembrando que para se chegar a um ciclo completo de respiração da floresta leva de 250 a 300 anos para chegar ao clímax com as características
de auto-reprodução da floresta.

Em tempos de seca, principalmente ética e intelectual dos políticos brasileiros, propondo uma revisão desastrosa do Código Florestal Brasileiro recordemos Benjamin Franklin: "Se as cidades forem destruídas e os campos forem conservados, as cidades ressurgirão, mas se queimarem os campos e conservarem as cidades, estas não sobreviverão.” acrescento:sem a floresta o campo perecerá queimado e desértico como podemos ver atualmente no Cerrado e na Amazônia.

Eduardo Sejanes Cezimbra, ambientalista, facilitador da RETRANS, membro do CMCP - Conselho Mundial de Cidadania Planetária


Em períodos de secas, queimadas e clima insalubre devido a baixa umidade do ar e a fumaça dos incêndios, ocasionando um desastre ambiental de proporções catastróficas para o Brasil e o mundo é mister lembrar as lições de Ernst Götsch e as suas amadas e benfazejas agroflorestas.



Ernst Götsch nos mostra que agroflorestas são agroecossistemas semelhantes aos sistemas naturais.


Observando esta premissa ecossistêmica recupera solos degradados, sem insumos de fora, ao contrário da “revolução verde” e do modelo insustentável do agronegócio latifundiário e da monocultura.


A agrofloresta evita ciclos anti-ecológicos com desarmonia inoportuna.


O Planeta Terra é um biocondensador, pois capta 1% da energia solar e armazena hidrocarbono, portanto as queimadas são suicídio.


A agrofloresta produz madeira, que não é plantada com esta finalidade exclusivamente, pois é um subproduto.

"As espécies tem função prazerosa, criam o paraíso na Terra em comunicação."



Ernst Götsch nos conta que comprou uma fazenda com o sintomático nome de “Fugidos da Terra Seca”, em Tabuleiro de Valença, na Bahia.


Implantou o sistema de agroflorestas neste lugar seco e que o sistema impede secas na fazenda, mudando o nome da fazenda para “Olhos d’água”, pois as chuvas são retidas, houve formação de córregos, e tem quase o dobro de precipitação pluvial que as outras propriedades rurais no entorno.


Conta que se vale dos dispersores naturais de sementes: pássaros, até animais exóticos, cotias,outros considerados extintos, frugívoros como o macaco-prego são plantadores de cacau e de jaca.


Outro semeador é a paca, gavião planta pupunha, a saúva é grande reflorestadora.

Otimizadores do processo da vida!


Lembra que o guanandi na Mata Atlântica é indicador de nascente de água.


Minhocoçu,com cerca de 2 metros e 350 gramas é indicador de terra boa.


Sua dica é plantar o que pode dar no local.


A regeneração na floresta ocorre a partir de clareiras, até chegar a uma mata de clímax com ipês-roxo, guapuruvus.

Na caatinga planta sisal, depois beldroega, mandacaru ( cactus ), guandu, feijão,caju,mamão. 

Na clareira planta logo pitanga e ingá, por exemplo.

Cuidado com animais domésticos( cabras, ovelhas, porcos,bovinos) pois modificam a paisagem, originando a estepe.


Saber do princípio hermético, atentando para processos regenerativo, respiratório.


Cada espécie é pré-determinada pela que a precedeu.


Colonizadores (bactérias), acumuladores com ciclos respiratório e regenerativo paralelos à ação dos polinizadores como as formigas, insetos, animais dispersores de sementes trazem muita abundância com muitos animais de grande porte atuando juntos com a sucessão natural para uma biodiversidade consolidada.


"A Vida baseada no Amor Incondicional gera abundância."


"Somos parte de um sistema inteligente."



“A vida não conhece tempo, conhece fluxo.”


A placenta da agrofloresta são as vassouras, marcela, guandu.As criadoras da placenta são batata-doce,mandioca para uma densidade definitiva de vegetação semelhante a um monocultivo com respiração para levar a
uma transformação com plantas secundárias tais como banana-nanica, araçá-mirim,
jurubeba, tomate de árvore e chegando a um ciclo longo com pitanga, goiaba,
abacate, araticum, ingá-cipó, algumas das canelas.


Lembrando que para se chegar a um ciclo completo de respiração da floresta leva de 250 a 300 anos para chegar ao clímax com as características
de auto-reprodução da floresta.

Em tempos de seca, principalmente ética e intelectual dos políticos brasileiros, propondo uma revisão desastrosa do Código Florestal Brasileiro recordemos Benjamin Franklin: "Se as cidades forem destruídas e os campos forem conservados, as cidades ressurgirão, mas se queimarem os campos e conservarem as cidades, estas não sobreviverão.” acrescento:sem a floresta o campo perecerá queimado e desértico como podemos ver atualmente no Cerrado e na Amazônia.

Eduardo Sejanes Cezimbra, ambientalista, facilitador da RETRANS, membro do CMCP - Conselho Mundial de Cidadania Planetária

Dráuzio Varella e a Fitoterapia no Brasil


MATÉRIA QUE SAIU NA REVISTA  ÉPOCA:

ÉPOCA – O Ministério da Saúde elegeu oito plantas às quais se
atribui alguma atividade e passou a distribuí-las no SUS. São elas:
alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, guaco,
isoflavona da soja e unha de gato. Isso é ruim?

Drauzio – Que tipo de medicina o governo cria com uma medida como
essa? Ele institui duas medicinas: a do rico e a do pobre. As
pessoas que têm acesso ao atendimento de saúde vão a médicos e
compram remédios em farmácia. O que o governo fez foi criar uma
medicina para pobres baseada em plantas que não têm atividade
demonstrada cientificamente. Quando dizem que determinada planta tem
atividade isso significa que em tubo de ensaio ela demonstrou ter
determinada ação. Mas isso não basta. Para ter ação comprovada em
seres humanos, falta muita coisa...

Vocês podem consultar a íntegra da entrevista pelo endereço:

http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo2/Materia/exibir.ssp?materiaId=162899&secaoId=15230

VEJAM AGORA UM POSICIONAMENTO COM RELAÇÃO À REPORTAGEM:
Dráuzio Varella e a Fitoterapia no Brasil

Prof. Douglas Carrara - Sou antropólogo e pesquisador de medicina
popular e fitoterapia há vários anos no Brasil. Imaginem a surpresa
e a indignação ao ler a matéria na revista Época de Agosto/2010
sobre a prática da fitoterapia no serviço público no Brasil. No
entanto é necessário agradecer ao Dr. Dráuzio Varella pela
iniciativa. Agora temos um representante da indústria farmacêutica
com quem dialogar. Sinal dos tempos! A fitoterapia e o projeto
Farmácias Vivas já começam a incomodar e a causar prejuízos à
indústria farmacêutica ...

Analisando os países mais avançados do mundo e que utilizam em
grande escala os medicamentos produzidos pela indústria
farmacêutica, verificamos que os resultados obtidos pela medicina
considerada científica são pífios. Os Estados Unidos possuem os
índices de câncer de mama e de próstata mais elevados do mundo. Em
1993 haviam nos EUA, 8 milhões de diabéticos, uma das mais altas do
mundo. Com relação às doenças cardio-vasculares também os americanos
são campeões.  Nesse país onde se utiliza a "medicina de rico", no
entender esclarecido do Dr. Dráuzio Varella, os pacientes são
tratados com medicamentos de última geração e equipamentos modernos
de alto custo. Investe-se muito em medicina e quase nada em saúde da
população.

Por outro lado, nos países onde se pratica a "medicina de pobre",
para citar novamente o ilustre médico Dr. Dráuzio Varella, os
índices de doenças degenerativas, tais como, cânceres, doenças
cardio-vasculares, diabetes, são baixíssimos. Nos EUA, ocorrem 120
casos de câncer de mama por 100.000 habitantes, enquanto na China
apenas 20. Inclusive as imigrantes  chinesas que vivem nos Estados
Unidos, acabam atingindo os índices absurdos e epidêmicos da
população americana. Em São Francisco, a cada ano surgem 160 casos
de câncer de mama por 100.000 habitantes que migraram da cidade de
Xangai, na China, enquanto, na mesma faixa etária, as que
permaneceram, apenas 40 casos surgiram da mesma doença.

Portanto a medicina avançada dos países do primeiro mundo não
colabora em nada para promover a saúde de seus habitantes. Por que
então importarmos a mesma medicina que não se preocupa com a
promoção da saúde e que parece considerar a doença um negócio melhor
do que a saúde?

O que diferencia as populações dos países asiáticos é a prática de
terapêuticas de origem milenar: fitoterapia, acupuntura, shiatsu,
assim como os medicamentos alopáticos, sempre que necessário.

Portanto, Dr. Dráuzio Varella, que modelo de medicina devemos
escolher e utilizar no tratamento das doenças da população
brasileira de baixa renda? O modelo americano ou o asiático? Como
confiamos na sua boa formação matemática e que as estatísticas
epidemiológicas não são mentirosas, o melhor caminho para o Brasil
forçosamente terá que ser o modelo asiático.

Mesmo sabendo que todos os profissionais da saúde, pesquisadores,
fitoquímicos, fitofarmacologistas, etnobotânicos, farmacêuticos,
fitoterapeutas e antropólogos da saúde são ignorantes, segundo a
douta opinião do Dr. Dráuzio Varella, acreditamos que um dia vamos
conseguir atingir os índices baixos de morbidade obtidos atualmente
pelos países asiáticos.

Para melhorar o nível de nossos profissionais, pesquisadores da área
de plantas medicinais, basta que o próprio governo aumente as verbas
para pesquisa com plantas medicinais, que há séculos vem sendo
utilizadas sem nenhum apoio do governo no tratamento de seus
problemas de saúde pela população pobre, sem recursos, que conta
apenas com a experiência de seus ancestrais para tratar de suas
doenças. Esta é a realidade da nossa população humilde de interior,
cujos serviços de saúde, todos sabemos, são precários e péssimos.

Imagine o Dr. Dráuzio Varella, se a população simples do interior
não possuísse nenhum conhecimento da ação das plantas medicinais. Se
toda vez que alguém adoecesse tivesse que procurar o serviço de
saúde de seu município. Imagine o caos que seria. Em primeiro lugar,
porque a maioria dos médicos está concentrada nas capitais dos
estados. Em segundo lugar, porque na medida em que nos afastamos dos
grandes centros, os recursos na área da saúde diminuem. E por isso
faltam medicamentos, faltam leitos de hospital, faltam médicos e
enfermeiros. Ainda assim os poucos profissionais que existem no
interior foram mal formados na faculdade. As faculdades atualmente
se preocupam em formar médicos especialistas em  monitoramento de
UTI's.

Enfim são formados para exercer a "medicina de rico". São
pouquíssimos os médicos clínicos disponíveis capacitados para
receitar fitoterápicos, mesmo porque não se estuda fitoterapia nas
faculdades de medicina no Brasil! E muito menos dispomos de
faculdade de fitoterapia, tais como, as que existem na Inglaterra,
na França, na Índia, na China.

Não estranhamos, portanto que o Dr. Dráuzio Varella, tenha
encontrado muita ignorância nos projetos de Farmácias Vivas
estabelecidos em diversas regiões do país. Há, na verdade, uma
carência muito grande pesquisas na área de plantas medicinais no
Brasil. Por outro lado, a ignorância encontrada pelo ilustre médico
não é decorrente do descaso ou por falta de amor pelo paciente. Além
de não ter recebido nenhuma informação, e, muito menos formação, na
faculdade onde estudou, o médico que atua nos atendimentos
fitoterápicos não dispõe de nenhum apoio logístico. Para praticar a
fitoterapia as informações são escassas e mesmo as pesquisas que a
Universidade brasileira promove, que o Dr. Drázio Varella, se
referiu com tanto desprezo, dificilmente chegam ao seu conhecimento.

Portanto tudo o que o douto Dráuzio Varella considera idiotices são
deficiências que ocorrem em um país que até hoje escolheu o modelo
da "medicina rica" que promove a doença e não investe na saúde da
população. Ao acusar um médico que receita fitoterápicos de idiota,
porque não conhece farmacologia, teria que acusar também os demais
médicos brasileiros que também não conhecem, porque todos sabemos
que a farmacologia moderna é uma caixa preta, cujo conhecimento é de
domínio exclusivo dos grandes laboratórios. Para o médico chega
apenas a bula dos medicamentos...

Mas agora sabemos que o único cidadão brasileiro que não é idiota e
que sabe farmacologia em profundidade é o Dr. Dráuzio Varella,
porque provavelmente recebeu informações confidenciais dos grandes
laboratórios e pode falar com conhecimento de causa. Como percebeu a
deficiência na formação dos médicos que entrevistou, vai agora
colaborar e esclarecer e orientar os idiotas, profissionais de
saúde, que atuam nos projetos de Farmácias Vivas, idealizado pelo
provavelmente também idiota, Dr. Francisco José de Abreu Matos,
farmacêutico químico e professor da Universidade Federal do Ceará,
infelizmente falecido em 2008. Se estivesse vivo com certeza
explicaria as dificuldades para desenvolver e implantar o projeto de
Farmácias Vivas no Ceará, com uma experiência profissional de 50
anos.

Sabemos que, segundo o Aurélio, idiota é um indivíduo pouco
inteligente, estúpido, ignorante, imbecil e em alguns casos, até
mesmo, uma categoria psiquiátrica, a idiotia. Portanto não
consideramos correto e muito menos ético, considerar idiotas
inúmeros profissionais da área da saúde, que atuam nos projetos de
Farmácias Vivas no Brasil. As deficiências por ventura encontradas
pelo ilustre médico deveriam, com certeza, ser avaliadas, mas
evidentemente com o respeito que qualquer indivíduo merece,
independente de sua formação intelectual.

Quanto à experimentação dos fitoterápicos, a que o Dr. Drázio
Varella se referiu, gostaríamos de questionar porque inúmeros
medicamentos alopáticos são proibidos e retirados do mercado, após
causar inúmeros danos aos pacientes. Por acaso a talidomida que
gerou inúmeras crianças defeituosas no mundo inteiro foi submetida a
experimentação científica antes de ser colocada á venda no mercado?
Quantos aditivos e demais produtos químicos são colocados no
mercado, expondo seres humanos e seres vivos aos seus efeitos
cancerígenos que somente são percebidos depois que contaminaram todo
o planeta. Basta lembrar dos PCB's, os bifenilos policlorados, óleo
conhecido no Brasil como ascarel, que quando foram produzidos em
1929 não se sabia nada de seus efeitos altamente nocivos para os
seres vivos e para o meio ambiente.

Sua fabricação foi proibida em 1976, mas os efeitos maléficos
cumulativos e persistentes que atingiram toda a cadeia alimentar do
planeta, não. A contaminação continua até os dias de hoje e,
provavelmente o ilustre médico Dr. Dráuzio Varella também deve estar
contaminado com PCB's, o que explicaria sua atitude pouco ou nada
cortês com demais indivíduos de sua espécie. Este é apenas um
trágico exemplo, mas existem mais de 800 aditivos químicos ainda não
estudados utilizados na fabricação de alimentos. São proibidos
apenas quando, após experiências com animais, se descobre que são
cancerígenos. Nesse caso, as cobaias não foram os pobres
camondongos, foram os seres humanos que, sem  serem consultados,
foram submetidos à experimentação.

Também consideramos necessário experimentar previamente as plantas
medicinais. Os ensaios toxicológicos são evidentemente necessários,
inclusive para estabelecer uma posologia adequada para um possível
atendimento fitoterápico. Por outro lado, a etnobotãnica e a
antropologia da saúde fornecem uma contribuição muito importante
para a ciência ao estudar o conhecimento de raizeiros e pajés
indígenas que conhecem os efeitos de cada planta a partir da
experiência  recebida de seus ancestrais e da utilização da planta
por si mesmo.

Podemos dispor desse modo de uma informação preciosa a respeito de
plantas potencialmente tóxicas e perigosas. Na verdade tudo o que
sabemos de cada planta considerada medicinal, tem origem na medicina
popular, indígena, ou através dos conhecimentos trazidos pelas
etnias africanas introduzidas no Brasil como escravos desde o início
do processo de conquista e colonização do Brasil.

Na verdade todas as plantas medicinais estudadas pela Universidade
no Brasil são oriundas da medicina popular. Não existe nenhuma
planta medicinal cujo conhecimento não seja difundido entre a
população.  Portanto quem decide o que estudar em termos de ação
medicinal, são os intelectuais existentes nas comunidades simples do
interior brasileiro, os raizeiros, os mateiros, as parteiras, os
rezadores, os umbandistas, os curadores de cobra, etc.  São eles que
informam aos etnobotânicos e antropólogos da saúde o que vale a pena
estudar no reino vegetal. Se não fosse assim porque a Universidade
iria formar etnobotânicos, etnofarmacologistas, especialistas em
estudar o pensamento médico popular, com o objetivo de encontrar
plantas, com grande potencial terapêutico. E tal fato vem
acontecendo no mundo inteiro. A planta medicinal, Stevia rebaudiana
foi descoberta pelos índios guarani do Paraguai e classificada pelo
cientista suíço Moisés Bertoni. Pois bem, a estévia é um adoçante
300 vezes mais potente do que o açúcar de cana e não produz
diabetes. Não por acaso foi proibido o seu uso nos Estados Unidos!

Assim necessitamos cada vez mais reduzir nossa ignorância aprendendo
com quem sabe: os praticantes da medicina popular, porque ninguém é
totalmente sábio ou totalmente ignorante. O acesso ao saber é um
processo contínuo de busca e por isso para deixar de ser ignorante é
necessário trilhar sempre o caminho da pesquisa e humildemente
reconhecer que, mesmo quando avançamos, sabemos apenas que sabemos
pouco ou quase nada.

Entretanto quando julgamos os que realmente pesquisam e buscam o
conhecimento, totalmente ignorantes e idiotas, estamos reconhecendo
que nada sabemos do que necessita ser conhecido.

Pelo menos o Dr. Dráuzio Varella reconheceu que o atendimento
fitoterápico é profundamente diferente do atendimento alopático. O
médico fitoterapeuta escuta durante muito tempo as queixas e o
histórico do paciente e faz uma anamnese correta e completa. Nenhuma
novidade nisso. Todo médico deve fazer isso. "O doente vai ao médico
e ele nem olha na cara", segundo Dr. Dráuzio Varella. Realmente esta
é a realidade da "medicina de rico" aplicada ao pobre.  O médico de
formação alopata não olha o paciente, porque não necessita
individualizar o paciente, basta receitar um analgésico ou
antibiótico qualquer, para despedir seu paciente. Este é o modelo
que o Dr. Dráuzio Varella defende em sua entrevista. Parabéns pela
inteligência do Dr. Dráuzio Varella!

Enfim, vamos aguardar a reportagem do dia 29/08/2010 na Globo, para
avaliar melhor a proposta do Dr. Dráuzio Varella.

Pesquisadora da UbB alerta para a degradação do Cerrado, que já chega a 50% da cobertura vegetal - Portal ecodebate

Cerrado: a caixa d'água do Brasil
Infográfico AE, com informações da Embrapa
Na semana passada, o governo federal prometeu investir R$ 339,4 milhões no combate ao desmatamento do Cerrado. A medida faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento das Queimadas do Cerrado, estratégia para reduzir em 40% as emissões de CO2. O bioma, que em sua composição original cobria 24% do território nacional, já tem quase 50% da mata nativa degradada.
Segundo a professora Mercedes Bustamante, que estuda o tema no Laboratório de Ecologia que comanda na Universidade de Brasília (UNB), a degradação se intensificou na década de 1940, com o fluxo migratório para a região, e vem aumentando rapidamente. Com estatura baixa e fala calma, Mercedes é firme em suas opiniões.
Para ela, preservar o Cerrado é questão urgente e necessária para o Brasil. É ali que estão boa parte das áreas de pastagens e lavoura de grãos que abastecem o país. Sem os serviços ambientais que o bioma oferece, como manutenção do solo e regulação do ciclo hídrico, essas áreas, como a população que vive em torno delas, sofrerão as consequências. Entrevista realizada por Martha Neiva Moreira, O Globo/Razão Social.
[Leia a entrevista na íntegra]- Qual o peso da produção agrícola no processo de degradação do Cerrado?
O fato de o Cerrado ter sido convertido em agricultura não é o mais problemático, a questão maior é a intensidade com que o processo se dá. A degradação tem avançado rapidamente em direção a Tocantins, oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí. E não há planejamento para utilização do solo. Quando digo planejamento me refiro a saber exatamente quanto e onde a mata nativa deve ser preservada. Isso é imprescindível para a manutenção dos serviços ambientais de um determinado bioma.
- Como é a ocupação das áreas degradadas do Cerrado?
Há pastagens para pecuária extensiva e lavouras para produção de grãos, especialmente soja e milho. Ali há grandes proprietários rurais. Alguns são grupos familiares, ligados a empresas e consórcios de comercialização de grãos.
- Quais as consequências para a população local da não preservação de um bioma como o Cerrado?
Conviver com eventos de extrema seca; intensidade de queimadas; poluição do ar, que pode gerar problemas de saúde, são alguns deles.
- Qual a extensão preservada do Cerrado?
O Cerrado tem dois milhões de quilômetros quadrados. Cerca de 50% estão preservados, se considerarmos apenas a extensão da cobertura vegetal. Há parques, há unidades de conservação. Mas a questão é que as áreas preservadas não são contínuas. Há fragmentos de mata nativa, o que é um problema pois dificulta o deslocamento de animais e a proliferação das espécies nativas.
- Por que há menos áreas de conservação no Cerrado do que na Amazônia?
Há uma dificuldade política de criar unidades de conservação no Cerrado. A maioria das terras ali, diferente da Amazônia, é privada. As terras estão nas mãos de produtores. É mais fácil criar unidades de conservação em terras públicas e, mesmo as terras do Cerrado que pertencem à União, fazem parte da fronteira agrícola, ou seja, da reserva de terra do governo federal para fins de agricultura. Se é preciso aumentar área de produção para biocombustível, é no Cerrado que pensam.
- A senhora acha que a iniciativa privada prefere estar mais presente na Amazônia do que no Cerrado?
A iniciativa privada está no Cerrado, só que de forma diferente que na Amazônia. As empresas são as mesmas, só que na Amazônia a visibilidade para elas é maior. Há interesses internacionais na região e por isso há pressões pela sustentabilidade do bioma. A verdade é que os dois biomas têm valores diferentes para o país. Só que a agenda ambiental não pode ser só para a floresta. A questão ambiental precisa ser para o Brasil.
- Que empresas estão presentes no Cerrado e de que forma atuam na região?
São pecuaristas e produtores de grãos. Alguns poucos preocupam-se com sustentabilidade, desenvolvem boas práticas e têm preocupações sociais. Mas há outros que seguem uma cartilha de produção de 30 anos atrás. A sociedade está incorporando novos conhecimentos, é preciso que eles incorporem também. Conservar o bioma é uma condição para quem produz ali.
- Qual a responsabilidade das empresas na preservação do Cerrado?
O setor privado tem responsabilidades como toda a sociedade em pensar estratégias de preservação. A opção deve ser não dissociar produção de preservação, até porque os serviços ambientais de manutenção do solo, regulação climática e fornecimento de água são fundamentais para as atividades desenvolvidas no bioma. É preciso investir na gestão dos territórios, ou seja, gerir os recursos naturais para prover necessidades do presente e do futuro. O que leva tempo, se considerarmos que estamos lidando com recursos finitos que exigem o tempo da natureza para serem recuperados. Só que os planos de gestão de recursos naturais parecem obedecer ao calendário eleitoral, costumam ser para quatro anos apenas.
- Que serviços ambientais o Cerrado oferece?
A manutenção do ciclo hidrológico é um importante serviço. Há três bacias hidrográficas na região e a vegetação nativa é responsável por controlar a quantidade de água que as abastece. Quando a mata natural, que tem raízes profundas, é substituída por pastagens, com raízes superficiais, há uma alteração no regime de escoamento da água. Quando essa alteração é em larga escala afeta o padrão de vazão dos rios. É o que já acontece no Rio Araguaia, que tem mais picos de vazão porque não tem mais atividade regulatória da vegetação natural. Além da regulação hídrica das bacias, o Cerrado captura CO2, tem uma diversidade de espécies que serve para produzir os mais diversos produtos, como antibióticos por exemplo. Há uma estimativa que há 12 mil espécies diferentes no bioma. Brinco dizendo que a queima de um hectare de Cerrado equivale a queimar uma biblioteca inteira de Alexandria. Imagina quantas já queimamos.
- Qual a eficiência das unidades de conservação no Brasil?
Precisamos de informações para saber. O Brasil precisa fazer um investimento sério de monitoramento ambiental em áreas demarcadas. Há uma demanda de dados para que gestores ambientais tomem decisões. Temos que saber, por exemplo, se as unidades estão cumprindo seu papel de conservar. O contexto de mudanças climáticas exige que saibamos dessas informações para repensar e prever uma série de situações. Uma delas é a redistribuição de espécies que são afetadas pelo clima.
- Em 2005, o governo federal criou a Comissão Nacional do Cerrado e a senhora faz parte dela. Quais as conquistas alcançadas?
Não houve conquistas. Houve uma primeira reunião em 2006. Em 2007 tivemos a última. Este período coincidiu com a reformulação do Ministério do Meio Ambiente e o grupo acabou se desarticulando. Acho que não foi dada a devida prioridade ao Cerrado na época.
- Como a senhora avalia a proposta do novo Código Florestal?
O diálogo foi precário e privilegiou setores do agronegócio. Hoje há duas vezes mais áreas de reserva legal e APPS em propriedades privadas. Este dado mostra o quanto é importante conservar esses fragmentos e dialogar com todos. As entidades científicas e a Academia gostariam de ter participado mais dos debates em torno da reformulação, mas até onde eu sei, embora as pesquisas estivessem disponíveis, os dados tiveram pouco peso no documento final e os pesquisadores foram pouco ouvidos.
- A senhora é uma das cientistas do Intergovernmental Panel on Climate Changes (IPCC). Qual o peso do Cerrado no próximo relatório e como o trabalho é feito?
O relatório do IPCC não traz informações novas, é uma compilação de conhecimentos já existentes. O peso que um bioma tem depende do que foi gerado de informações sobre ele. O processo começa com um cronograma de reuniões por grupos de trabalho. Nelas discutimos o que será feito. Os textos produzidos (capítulos) são escritos com base em uma série de estudos, selecionados a partir de critérios rígidos (informações científicas verificadas, ter sido publicado em língua inglesa, ter sido revisado por outros cientistas, entre outros). Os textos produzido são submetidos a editores científicos para serem revistos e por outros pesquisadores externos que fazem revisão. A versão final ainda é avaliada por um grupo de cientistas do IPCC.
- Desenvolvimento sustentável com nível de crescimento mundial é utopia?
É uma necessidade. Os recursos naturais são finitos. Trata-se de uma opção ética.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Graduação Tecnológica em Gestão Pública e Gestão Social

 
Ações do documento


Data: 26/04/2010
Graduação
1. Histórico
A formação do tecnólogo em gestão pública e gestão social atende a uma demanda da sociedade, observada pelo CIAGS durante a realização do Programa ONG Forte (CIAGS/SECOMP). O programa permitiu a alunos de graduação atuarem em organizações da sociedade civil e nos territórios, complementando a sua formação teórica com uma vivência prática intensiva. Após a realização deste programa, os participantes ressaltaram, na época, a necessidade de um curso regular, em nível degraduação, na estrutura da universidade. Posteriormente, o CIAGS lançou o curso de Especialização e mais tarde o Mestrado. A graduação é mais um passo para a criação de um programa de formação completo em gestão social. A primeira turma do curso teve início em 2009.
2. Objetivo
Propiciar uma formação ao aluno que o torne capaz de promover processos de gestão pública e social em espaços locais e regionais. É o primeiro curso de graduação em Salvador que possui o enfoque na gestão de organizações da sociedade civil e com disciplinas relacionadas à administração pública. O curso forma agentes de desenvolvimento territorial com uma formação técnica para atuação no setor público e privado.
3. Local
O curso é ministrado na Escola de Administração da UFBA e reunirá um corpo docente formado por professores do CIAGS e também do NPGA.
4. Duração
O curso tem a duração de três anos. De acordo com Regulamentação específica da Escola de Administração, os alunos deverão cursar 117 horas da carga horária através de Atividades Complementares, ou seja, “vivências acadêmicas livremente escolhidas pelos alunos, que podem ser oferecidas pela UFBA ou por outras instituições, com a finalidade de ampliar as possibilidades de aprendizagens teóricas e práticas, através do aproveitamento de estudos extracurriculares, incluindo as outras modalidades curriculares” (disciplina, atividade ou estágio, conforme RESOLUÇÃO Nº 02/2008 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA)
5. Competências do Tecnólogo em Gestão Social
O profissional egresso do curso será capaz de problematizar e selecionar tecnologias apropriadas para agestão de instituições governamentais e sociais em nível local e regional, atuando como um mediador orientado à promoção do desenvolvimento de indivíduos e grupos. Além disso, estará apto a desenvolver programas e projetos voltados ao desenvolvimento socioterritorial. Pretende-se desenvolver no aluno as seguintes competências:
  • Compreender o contexto social, econômico, histórico, político e cultural do Brasil e da Bahia;
  • Compreender as relações entre Estado, mercado e sociedade civil;
  • Analisar criticamente a realidade
  • Elaborar diagnósticos e cenários;
  • Conhecer o funcionamento, os métodos e as técnicas adotadas na gestão pública.
6. Características do curso
O estágio será realizado na modalidade Residência Social, já testada pelo CIAGS em níveis de graduação extensão, especialização e Mestrado, servindo de campo para coleta de dados necessários à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC. O TCC será aplicado a contextos de gestão pública e social locais e regionais, articulando-se com a Residência Social (estágio). Este trabalho deverá ser analítico e propositivo, referenciando-se a problemas concretos de gestão identificados e trabalhados durante a residência.
7. Número de vagas: 50 vagas
8. Estrutura Curricular
SEMESTRE I
SEMESTRE II
SEMESTRE III
SEMESTRE IV
SEMESTRE V
Indivíduo e Espaço Público (68h)
Instituições, Interorganizações e Gestão (68h)
Gestão de Organizações Associativas e Empreendimentos Solidários (68h)
PR*: Instituições, Interorganizações eGestão
Desenvolvimento Sustentável (51h)
Relações Internacionais e PoderLocal (68h)
PR*: Governo Local
Estado e Sociedade (68h)
Contextualização Política, Social e Econômica do Brasil (68h)
PR*: Estado e Sociedade
Marcos Regulatórios (68h)
PR*: Políticas Públicas e Políticas Sociais
Estratégias de Desenvolvimento Socialde Territórios (68h)
PR*: Instituições, Interorganizações eGestão
Ação Coletiva e Tecnologias Sociais (51h)
PR*: Ciência, Tecnologia e Sociedade; Gestão de Organizações Associativas e Empreendimentos Solidários
Sistemas, Modelos e Mapas Cognitivos (68h)Ciência, Tecnologia e Sociedade (68h)
Metodologia do Trabalho Científico (68h)
PR*: Comunicação e Expressão
Elaboração e Avaliação de Projetos (68h)
PR*: Metodologia do Trabalho Científico
Incubação de Empreendimentos Sócio-produtivos (68h)
PR*: Gestão de Orgs. Associativas e Empreend. Solidários;
Estratégias de Desenv. Social de Territórios
Comunicação e Expressão (68h)
Políticas Públicas e Políticas Sociais (68h)
PR*: Indivíduo e Espaço Público
Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas (68h)
PR*: Políticas Públicas e Políticas Sociais; Governo Local
TCC 1 (17h)
PR*.: Metodologia do Trabalho Científico
TCC 2 (34h)
PR*.: TCC 1
Oficina 1: Exploração da Realidade Social(51h) - Atividade
Governo Local(68h)
PR*: Estado e Sociedade
Ética nas Organizações (51h)
Residência Social (51h)
PR*: Metodologia do Trabalho Científico; Oficina 1: Exploração da Realidade Social
Oficina 2: Metodologias não Convencionais em Gestão (51h) – Atividade
   Optativa (68h) 
Atividade ComplementarAtividade ComplementarAtividade ComplementarAtividade ComplementarAtividade Complementar
CH: 323hCH: 340hCH: 323hCH: 323hCH: 272h
*PR = pré-requisito
9. Processo seletivo:
  • Ingresso via Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
  • Período de inscrição: acesse site do ENEMhttp://www.enem.inep.gov.br/index.php
  • Período de inscrição para o Vestibular UFBA 03.08 a 22.08 - Inscrições para todos os candidatos
    (Cursos tradicionais CPL, Bacharelados Interdisciplinares BI, Cursos Sup. de Tecnologia CST e candidatos isentos de taxa) 
    Ver: http://www.vestibular.ufba.br/
iNFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O CURSO
Informações sobre o curso podem ser obtidas junto ao Setor de Seleção Orientação e Avaliação - SSOA. O SSOA mantém um serviço de informação ao candidato, em sua sede, nos dias úteis, das 09 às 17 horas, atendendo também pelo telefax (71) 3283-7820 e email ssoa@ufba.br. Visite: http://www.vestibular.ufba.br
por Rodrigo Maurício última modificação 21/05/2010 19:12