quinta-feira, 19 de agosto de 2010

*RISCOS PARA NOSSA SAÚDE*



*Ciência Livre de agrotóxicos e transgênicos*



Levou décadas para se confirmarem as evidências de que os agrotóxicos (venenos usados nas plantas) são ruins para a saúde e o meio ambiente, estando associados ao desenvolvimento de câncer, impactos aos sistemas neurológico, reprodutivo e endócrino, entre outros males. Não precisamos esperar anos e anos até que haja unanimidade sobre os impactos dos transgênicos. Além das associações com danos que já constam de pesquisas científicas, outros tantos estudos demonstram que os transgênicos estão sendo liberados sem que sejam previamente submetidos a rigorosas avaliações de risco. Em geral, as autorizações acontecem com base nas informações e estudos conduzidos pelas próprias empresas donas das invenções e, naturalmente, interessadas em sua aprovação.
Estamos sendo cobaias dessas invenções.

*O QUE AS PESQUISAS CIENTÍFICAS INDICAM?*

*1. Aumento das alergias*
Quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos são formados nesse novo organismo, como proteínas e aminoácidos. Se esse organismo modificado geneticamente for um alimento, seu consumo pode desencadear processos alérgicos em parcelas significativas da população, por causa dessas novas substâncias.

*2. Aumento de resistência aos antibióticos *
Para saber se a modificação genética deu certo, os cientistas inserem nos alimentos transgênicos genes marcadores, que podem ser genes de bactérias. O consumo desses alimentos pode conferir aos microrganismos que causam doenças nos seres humanos resistência a esses medicamentos, ou seja, reduzir ou anular a eficácia dos remédios à base de antibióticos.
Por essa razão, a OMS – Organização Mundial da Saúde (Genebra)/ FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Roma), a Comissão Européia (Bruxelas) e diversos conselhos científicos conceituados não recomendam o seu uso. Mesmo assim, existem transgênicos autorizados no Brasil contendo genes marcadores extraídos de bactérias.

*3. Aumento das substâncias tóxicas*
Muitas plantas possuem substâncias tóxicas para se defender de seus predadores, por exemplo, os insetos. As quantidades encontradas naturalmente, na maioria das vezes, não fazem mal. Micróbios também podem possuir substâncias que matam insetos. No entanto, se o gene de uma dessas plantas ou de um desses micróbios for utilizado em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente inadvertidamente e cause mal às pessoas, aos insetos benéficos e a outros animais. Isso já foi constatado com o milho transgênico Bt (Bacillus thuringiensis), cujo pólen pode matar lagartas de uma espécie de borboleta (a monarca) e larvas aquáticas das quais muitos peixes se alimentam.

*4. Aumento de veneno nos alimentos*
A maioria dos transgênicos existentes tem como característica principal ser resistente à ação de agrotóxicos, como é o caso da soja Roundup Ready da Monsanto, que não morre com a aplicação do herbicida glifosato. Não é por acaso que aumentou a quantidade de resíduos desse veneno na soja e também foi alterado seu limite máximo permitido no grão de soja. No Brasil, aumentou 50 vezes: antes, o máximo aceito era de 0,2 ppm (partes por milhão) e hoje são aceitos 10 ppm – o que é péssimo para a saúde dos consumidores. 
*Estudos são conduzidos pelas empresas donas das invenções e interessadas em sua aprovação. E nós **somos apenas as cobaias.*
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*IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE E NA AGRICULTURA*
Diversos trabalhos científicos já demonstraram que o uso de transgênicos com genes de resistência aos agrotóxicos causa o desenvolvimento de maior resistência das pragas e das ervas daninhas combatidas, provocando o desequilíbrio dos ecossistemas. A utilização desses genes obriga os agricultores a aplicar veneno nas plantações mais vezes e em quantidades maiores, resultando no aumento de resíduos nos alimentos que nós comemos, nos rios e no solo, prejudicando ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. De acordo com o Ibama/Ministério do Meio Ambiente, houve um aumento de mais de 95% no uso de glifosato no Brasil entre os anos de 2000 e 2004, enquanto a área plantada de soja aumentou 71%. Só no Rio Grande do Sul, o aumento do veneno chegou a 162% para um crescimento de apenas 38% da área de plantio. A razão do aumento do uso do veneno foi a plantação da soja transgênica.
É sempre importante lembrar que a empresa que vende a semente de soja transgênica é a mesma que vende o veneno para aplicar nela.
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*PRECAUÇÃO É LEI*
Diz o bom senso que, em caso de dúvida sobre riscos, é melhor se precaver.
A lei também aplica o Princípio da Precaução.
Segundo esse princípio, não é necessário existir prova absoluta de dano para prevenir: havendo risco de dano grave ou irreversível, devem ser tomadas as medidas para proteger o meio ambiente e a saúde. O Princípio da Precaução consta da Convenção da Diversidade Biológica (Rio-92) e do Protocolo de Cartagena sobre Biodiversidade. E está também em nossa Constituição Federal e na Lei de Biossegurança.
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*O DIREITO DE SABER E ESCOLHER*
Diversas pesquisas de opinião feitas no país atestam que os consumidores querem saber se o alimento é ou não transgênico: 74% da população (Ibope, 2001); 71% (Ibope, 2002); 74% (Ibope,2003); e 70,6% (Iser, 2005). E estão certos.
Esta é uma vontade legítima, que está garantida pelo Código de Defesa do Consumidor.
Também o Decreto de Rotulagem de Transgênicos (Decreto 4.680/03) exige a informação sempre que o alimento contiver mais de 1% de ingrediente transgênico, mesmo que não seja possível detectá-lo por meio de testes de laboratório.
A regra é: usou transgênico, tem que informar. E vale para todos os alimentos, sejam eles in natura ou processados. Mesmo os alimentos originários de animais alimentados com ração transgênica – como leite, ovos, carnes – têm que ter um rótulo para avisar o consumidor com o símbolo “T”.

*A CONTAMINAÇÃO TAMBÉM PREJUDICA O CONSUMIDOR*
A mistura entre grãos transgênicos e não transgênicos é um grave problema que afeta consumidores, agricultores e a agrobiodiversidade.
Em 2009, aconteceu o primeiro plantio de milho transgênico e logo foi constatada a contaminação (conforme Folha de S. Paulo, 10/5/09, e Secretaria do Estado do Paraná, 10/8/09).
A mistura entre os grãos pode acontecer nas plantações e também nas fases posteriores até chegar aos pontos de venda – no transporte dos grãos, nos silos onde ficam armazenados e nas empresas de alimentos.
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*O direito do consumidor está ameaçado*
Muitas empresas alimentícias não querem informar o consumidor se usam ou não grãos transgênicos nos alimentos que vendem. As empresas de biotecnologia, donas dos transgênicos, também são contra esse direito do consumidor.
O Ministério Público já ajuizou ações para obrigar a rotulagem de marcas de óleos de soja que omitiam a informação sobre a origem transgênica da soja.
Gervásio Paulus-Presidente da Associação dos Servidores da Ascar-Emater-RS
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Valor Econômico: Separação de lixo vai virar negócio de bilhões - Luciana Seabra



16/08/2010 Valor Economico, de São Paulo

Um potencial de pelo menos R$ 8 bilhões é levado por ano pelos brasileiros para aterros e lixões, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). De todo o lixo produzido no país, 56 milhões de toneladas no ano passado, somente 13% passam por coleta seletiva. "Em quatro ou cinco anos, teremos uma realidade muito diferente, com mudanças profundas na gestão do resíduo", afirma o diretor de ambiente urbano do MMA, Sérgio Gonçalves, confiante nos resultados da Política Nacional de Resíduos Sólidos. As diretrizes para um novo modelo de coleta e destino do lixo foram aprovadas depois de tramitar por 19 anos no Congresso Nacional e sancionadas pelo presidente Lula este mês.

Um dos destaques da lei é a responsabilidade compartilhada, que distribui entre governo, empresários e consumidores a obrigação de cuidar do que vai para a lixeira. Eles devem formar uma rede para que, em quatro anos, os lixões não existam mais. Tudo que pode ser reaproveitado ou reciclado deve voltar para a cadeia produtiva e, apenas depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento, uma parte pequena do lixo, o chamado rejeito, deve ir para aterros.

O governo federal vai preparar um Plano de Resíduos Sólidos, com diagnóstico e normas bem definidas. O mesmo deve ser feito em Estados e municípios. As indústrias terão de fazer planos de gestão. Espera-se formar um ciclo, em que governos e empresas, para atingirem os objetivos propostos, pressionem pela coleta seletiva. Se o lixo não for separado na coleta, os empresários terão mais dificuldade para cumprir as metas de recolhimento de embalagens e produtos.

A obrigação de dar um fim aos lixões deve dar a partida para que o ciclo comece a girar. A prática de dispor os resíduos em terrenos vazios, sem qualquer cuidado, era muito mais barata. "Para um aterro sanitário valer economicamente, tem que durar pelo menos 20 anos. Se houver separação do lixo, pode durar 30. A necessidade de não saturar o aterro rapidamente vai ser estímulo para empresa de limpeza fazer coleta seletiva e incentivar consumidor a separar lixo seco do úmido", afirma Gonçalves.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, questiona a capacidade dos municípios de custear o novo processo, com triagem prévia dos resíduos e destino correto do rejeito. Ele defende a necessidade de parcerias entre poder público e iniciativa privada, por meio das quais "os municípios vão receber infraestruturas modernizadas e poderão pagar por isso ao longo do tempo."

Historicamente, as prefeituras não conseguem manter funcionando por mais de um ano um aterro correto com proteção, coleta de gases, sem cheiro ou acúmulo de insetos. A tendência é que virem lixões. Para evitar que isso aconteça, o governo tem incentivado convênios de cooperação. "Não é viável que cada município tenha um aterro. É preciso dar escala, fazer com que equipamentos atendam mais de um local", diz.

A ideia é que os municípios façam planos conjuntos, montem consórcios públicos e listem os equipamentos necessários como quantidade de aterros, máquinas e postos de coleta. A lei prevê incentivos do governo, com prioridade a esses consórcios. Foram firmados convênios com 18 Estados, que passam por diagnóstico. Aqueles que descumprirem prazos e metas não vão receber recursos.

Para a coordenadora executiva e de ambiente urbano da ONG Instituto Pólis, Elizabeth Grimberg, o primeiro ano da política será uma fase de diagnóstico, o segundo de começo de execução e, em quatro anos, "poderemos ter municípios com 100% de coleta seletiva". Ela está otimista, mas critica uma alteração considerada importante pelos ambientalistas. O Senado cortou do texto a indicação de que a queima do lixo para aproveitamento energético só poderia ser feita em último caso. "Havia uma ênfase grande para se esgotar as possibilidades de gestão, o que reforçava a política no sentido da não incineração."

A possibilidade de incineração do lixo foi uma das polêmicas que fez a aprovação da política no Congresso arrastar-se por tanto tempo. No processo, o lixo é queimado de forma controlada, enquanto o vapor gerado produz energia elétrica. Entre os temores dos ambientalistas estão a emissão de gases poluentes e o custo. Para queimar todo o lixo produzido pela cidade de São Paulo, 12 mil toneladas por dia, o investimento em usinas seria de pelo menos R$ 3,5 bilhões, segundo a Pöyry Tecnologia, empresa especializada no serviço. Seriam produzidos 300 MW de energia, que atenderiam a cerca de 1 milhão de habitantes.

A diretora de química e energia da Pöyry Brasil, Lúcia Coraça, afirma que a tecnologia de tratamento dos gases produzidos na queima está muito evoluída. Ainda assim, admite que seria melhor queimar apenas o que não pode ser aproveitado: "Esse é o melhor dos mundos, mas é preciso levar em conta o estágio educacional do país. Seria necessário um amadurecimento doméstico para separação consciente e um mercado para o reciclado e o composto orgânico, o que ainda não existe. Por isso, queimar o lixo diretamente seria hoje o mais realista".

O diretor de ambiente urbano do MMA defende que a queima é viável só para situações específicas, como produtos contaminados, e que, por isso, é o último ponto de uma lista de possibilidades.

Fonte: Valor Econômico



  

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Desenvolvimento do sertão pode passar pelos pés dos franceses - Danilo Fariello


http://economia.ig.com.br/desenvolvimento+do+sertao+pode+passar+pelos+pes+dos+franceses/n1237749418838.html

 

Desenvolvimento do sertão pode passar pelos pés dos franceses

Políticas sociais e econômicas reduzem vulnerabilidade dos produtores do semiárido ao processo de desertificação

Danilo Fariello, enviado especial a Tauá (CE) | 16/08/2010 05:44
A redução da vulnerabilidade dos agricultores do semiárido pode avançar pelos passos dos europeus. Há alguns anos, a produtora de calçados ecológicos francesa Veja, conhecida como a produtora dos "sneakers verdes", adquire o algodão orgânico produzido pelos agricultores da Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural (Adec) de Tauá (CE), estimulando a economia da região. Hoje, um dos modelos de maior sucesso da empresa é o tênis “taua”, vendido a 85 libras no Reino Unido, ou R$ 235.

O projeto envolve não apenas os franceses, mas também a prefeitura (que cedeu o espaço onde funciona a Adec) e o governo estadual (que proporciona as sementes de algodão e presta assistência técnica). Esse esforço concentrado fez produtores como Antonia de Souza Castro, de 61 anos, permanecerem na caatinga, mesmo vendo boa parte do seu solo transformado em deserto, onde só nasce hoje uma “malva veia”.

Segundo Antonia, o projeto da Adec foi-lhe apresentado com informações básicas sobre o modo de cultivo e melhor aproveitamento do solo. Hoje, ela vê parte da sua terra degradada e outra fértil, com sete anos seguidos de produção do algodão (ver vídeo). São políticas públicas como essa que melhor podem agir na redução da vulnerabilidade do povo do sertão, segundo ambientalistas.
Foto: Divulgação
Calçados da Veja, da França, feitos com algodão da caatinga
Para Jesse Ribot, do Departamento de Geografia da Universidade de Illionois, é preciso tentar mitigar a degradação do solo do semiárido, mas, tanto quanto isso, é preciso levar desenvolvimento às regiões mais pobres que sofrem degradação. Ribot desenvolve, com o apoio de diversos fundos, um projeto de desenvolvimento econômico e social na região do Sahel, na África, cujo solo se assemelha ao do semiárido brasileiro. Para ele, o problema dessas pessoas, na verdade, é como elas lidam com as mudanças e como agências financiadoras podem auxiliá-las a melhorar sua condição de vida.

O acadêmico, que está no Brasil para a Icid, concorda que as discussões sobre aquecimento global e diminuição da degradação são importantes, mas, para reduzir a vulnerabilidade da população local, a maior parte do trabalho tem de ser feito na própria sociedade. Há perigos causados pelo clima e eles vão se intensificar mais, prevê ribot. "Mas eles são apenas parte do problema da vulnerabilidade.”

Ribot, um dos organizadores do Icid, explica como a atuação social pode minimizar os impactos das variações do clima e questiona: por que morreram tantas pessoas nas secas do Nordeste brasileiro nas últimas décadas, enquanto que, em seca similar, pouco se registrou de mortes no sudeste americano, em Estados como Arizona e Novo México?
Foto: Divulgação
Produtor de algodão em Tauá (CE)
Para Ribot, também é importante avaliar a estrutura da sociedade para redução de vulnerabilidades, tanto quanto a variação do clima. Ele dá um exemplo de como avaliar isso. Em 1970, um grande ciclone atingiu Bangladesh e cerca de 500 mil pessoas morreram. Em 1991, um furacão muito similar atingiu a mesma região e 140 mil pessoas faleceram. Mas, em 2007, outro furacão muito mais forte do que os anteriores percorreu a mesma região e foram 3.406 as vítimas fatais. A densidade populacional de Bangladesh cresceu muito nesses anos, destaca o geógrafo. "Mas os estragos e as vítimas foram reduzidos em Bangladesh devido a uma série de políticas contra desastres e mudanças de ação que emanaram da sociedade."

O trabalho de organizações não-governamentais e projetos federais ou estaduais no semiárido brasileiro, porém, costumam ocorrer de forma apenas pontual. Apenas com a elaboração do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-Brasil), que ficou pronto em 2005. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os custos de recuperação das áreas mais afetadas pela desertificação no Brasil é de cerca de US$ 2 bilhões para um período de 20 anos. Após a elaboração do PAN-Brasil, também Estados como o Ceará e Pernambuco promoveram os seus programas de ação estaduais.
Sentimento de culpa
Uma cartilha distribuída pelo governo cearense à população do semiárido aponta uma série de fatores que levam à desertificação das regiões cultiváveis, mas, exceto pelo desenho de um sol com chapéu de sertanejo na capa, não há indicações de que as oscilações do clima no planeta levem a essa mudança. A cartilha é um exemplo de indicação do sentimento de culpa do nordestino que vive nas regiões mais hostis do semiárido.
No texto constam que o extrativismo da madeira, o sobrepastoreio, o desmatamento desordenado, as queimadas e tantas outras interações do homem são os únicas causas da desertificação. Para Cícero “Totico” Pereira da Silva, que parece carregar esse complexo de culpa, o uso mal-planejado do trator para arar a terra foi um dos grandes culpados pela degradação do solo de Tauá (CE). “Para destruir é rapidinho, dois ou três anos, mas para recuperar, Deus sabe quanto tempo”
Antonia também coloca na conta da sua família e das vizinhas a principal culpa pela desertificação de suas terras. Para ela, a motivação principal para a degradação de parte do terreno se deve ao desmatamento que sua família promovia e à forma como plantavam, na vertical em relação à inclinação do solo.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), porém, não são os moradores locais os únicos culpados pelo processo de desertificação. Para alguns ambientalistas, eles estão mais para vítimas do que para algozes do ambiente. 

E por que agir agora, com o lançamento da Década da Luta contra a Desertificação pela ONU nesta semana? Segundo a organização, há indícios científicos de que seja possível recuperar as terras degradadas, como espera a produtora Antonia, de Tauá. Em pesquisas recentes, descobriu-se melhora das condições de vida onde a terra se reabilitou e onde foi conservada. A ONU quer exatamente  construir e a acelerar, onde houver, esse refortalecimento das terras mais secas do mundo. Os nordestinos do sertão esperam que essa transformação ocorre a passadas largas e, se possível, em passo calçados por tênis feitos com o algodão produzido por eles.
 
 
 
 
Ricardo C. Onofrio
Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental - N.I.N.J.A
Departamento de Ciências Sociais
Universidade Federal de São João Del-Rey - MG
(32) 9118-0207  /  (11) 8203-8424
 

"Todos têm direito a um meio ambiente sadio e equilibrado"- art. 225 CF
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Idéias sustentaveis


EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL
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Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d’água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

UNIVERSIDADE CONSTRÓI “TELHADO VERDE”

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O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA

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Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.

DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUA

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O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma ducha relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incômoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho – seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.

DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR ENERGIA

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Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.

EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO

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Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele “recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas”. Se você se empolgou com a idéia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.

DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃO

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Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de “You can work it out” – uma brincadeira entre encontrar uma solução (work it out) e exercitar-se (to work out) – e foi pensado por Mac Funamizu.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uso compartido de produtos - Luciana Stein



vizinhos
Há alguns meses, tratamos de uma tendência social que chamamos de “Vizinhismo” ou “Neiborismo”. Descrevemos um movimento em curso principalmente fora do Brasil de reaproximação dos vizinhos nos  centros urbanos.  Globalização à parte, Vizinhismo trata do redescobrimento daqueles que estão perto, geograficamente.
Na Europa, hotéis resgatam a cultura dos bairros e os transformam em destino turístico. Longas mesas comunitárias de almoços voltam à cena e a consciência dos benefícios de “estar junto” fisicamente parece emergir.
A  vizinhança é a  “menor unidade de identidade urbana” e ela pode ser chave para um  novo entendimento da cidade, – mais solidária e íntima.
“Estar junto” é um dos maiores desafios da nossa época.
“Como viver junto” já foi tema de uma Bienal de Arte de São Paulo . Num cenário tão diverso como respeitar o outro sem trair a própria identidade? Embora este conflito ainda esteja sendo discutido em situações triviais – como toda a vez que um vizinho faz uma festa que se prolonga até as seis da manhã – negócios estão sendo criados para lucrar com a proximidade entre vizinhos.
O  Springwise – parceiro de trendwatching.com – traz um bom exemplo de Neiborismo: Neighborgoods.
Focado em comunidades do sul da California até agora, o site Neighborgoods reúne consumidores que colocam à disposição seus aparelhos eletroeletrônicos, cortadores de grama, berços de bebe e equipamentos de jardinagem. Estes objetos que são usados apenas ocasionalmente ganham nova vida quando alugados, emprestados ou mesmo vendidos – ação que promove o site. Afinal, quantas vezes você já usou aquela furadeira super sônica comprada num ataque de “eu mesmo faço”?
Vizinhos tem mais força juntos. Imagine, então, se vizinhos de um mesmo prédio resolvessem comprar coletivamente ferramentas e utensílios. Um quadro muito mais completo de instrumentos estaria a disposição de todos. Trata-se do mesmo princípio de “car sharing”. No entanto, pode ser aplicado a produtos “menores” do cotidiano.
Não precisa dizer que a idéia pega dependendo do nível de coletivismo de uma sociedade.  Será o uso coletivo de uma furadeira a reaproximar as pessoas? Como as marcas poderiam ser catalizadores dessa reaproximação?

Por Luciana Stein - 17/02/2010 - 6:22 pm    publicado no site http://trendroom.com.br/archives/805
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Falta de percepção de valores


*Prezados Amigos*
Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma
embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g , ao preço de R$ 1,99.

Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens
que variam

de 3 g a 10 g .

Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando
R$ 663,33 pelo kg do produto. Será que uma especiaria vale tudo isso ?




Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas
porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente"
desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a
percepção real do valor que está pagando pelos produtos.

Acho que todos os fabricantes e comerciantes, deveriam ser obrigados por
lei (mais uma?) a estamparem em locais visíveis, os valores em kg, em
metro, em litro e etc. de todas e quaisquer mercadorias com embalagens
inferiores aos seus padrões de referências.




Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção
correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes
em seus produtos.




VEJAM O ABSURDO: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ?

Resposta: TINTA DE IMPRESSORA!




VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?


Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos,
e ninguém reclama mais.

Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas.




Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas
foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e
facilidade das novas impressoras.

Aí, veio a "Grande Sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez
mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos
modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a
própria impressora.



Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do
que fazer a reposição de cartuchos.




VEJA ESTE EXEMPLO:
Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00..

A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em
torno de R$ 130,00.




Daí, você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$
90,00 (para vender rápido).

Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos
originais de fábrica.




Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por ser
"tecnologia de ponta".

Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de
tinta (mantendo o preço).

Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$
5,59 por mililitro.

Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por
mililitro, R$ 1,29.




Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os
cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!


A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26,
com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.Fazendo as contas: R$ 75,00 /
5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida.

Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:

- 300 gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42';
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB.

Ou seja, um assalto !

Está indignado?

Então, repasse este e-mail adiante, pois os fabricantes alegam que o povo
não reclama de nada.
 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Importância dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário para garantir o plano de Desenvolvimento.- Por: Wagner Carneiro de Santana – Educador Social – Formação Carapicuíba-SP.






 O Que são Agentes de Desenvolvimento Comunitário?

De acordo com o minidicionário Aurélio, Agente é um adjetivo de quem opera, agencie, age.  Neste caso vou retratar de maneira holística a suma importância dos Agentes de Desenvolvimentos Comunitário, entretanto, o primor máximo são as pessoas que individualmente são o capital humano e quando estão no coletivo tornar-se no capital social.
Os agentes partem dos pressupostos oriundos de fatores endógenos para o exógenos lutando contra qualquer desigualdade social e para melhorar as condições de vidas das comunidades que são desfavorecidas socialmente.
Os Agentes de Desenvolvimento Comunitários também são empreendedores natos ou inatos que existem e são referências, no entanto, esses agentes podem multiplicar, capacitar e capitar novos agentes.

O papel dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário


Os agentes fundamentam papéis comunitários de transformações globais, por isso, é necessário trabalhar a questão das habilidades (competência, saber fazer), de motivação (querer fazer) e de criatividade (fazer mais com menos), desde que sejam claras, desafiadoras, mas exeqüíveis.
O papel do Agente Comunitário é de empreendedorismo social, que parte do conhecimento de si próprio, é alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Para isso, leva em considerações seus sonhos, desejos, preferências, necessidades, atitudes, aprendizado e estilo de vida tendo conectividade com a comunidade e garantindo assim o plano de Desenvolvimento Social para o fortalecimento coletivo integrado da comunidade.

O Agentes de Desenvolvimento Comunitário e o Sonhos

Paradoxalmente essas considerações devem ser ponto de partida do Agente que desenvolve e planeja na comunidade, mas é exeqüível que o Agente seja do povo, esteja com o povo, vive com o povo e que ufane as virtudes do povo.  Entretanto, é mister que tenha espírito criativo e pesquisador: sempre na ativa para as transformações sociais e a reconstrução do tecido social sob novas bases para o desenvolvimento global da comunidade.
              Acima de tudo o sonho é o escopo que deve ser seguido como meta para a sustentabilidade da comunidade. Vou salientar trechos do discurso realizado em 28/08/1963 por Martin Luther King: "Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de 
nossa nação”... “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais”.
              Para que por meio deste discurso e diversos que temos nos continentes, devemos trabalhar a Cidadania e as responsabilidades nos direitos e deveres de ser um cidadão consciente e competente nas políticas publicas. Isto denotamos em Gestão Participativa para oDesenvolvimento Local – GESPAR, envolvendo e emponderando cidadãos nas suas responsabilidades sociais mediante à comunidade. Isto não é uma axiologia, mas uma ação democrática da nossa República Brasileira.
Neste caso podemos salientar que por meio desses Agentes, também criamos uma rede é um processo construído, que leva o tempo, mas tem o seu dinamismo.

Agentes de Desenvolvimentos e os Elos da Rede

             
              Apresento quatro elos para compreendermos mais as características das redes.
               Primeiro Elo: o capital social (humanos), temos pessoas dispostas e ou
disponíveis para contribuir de uma forma (in) voluntária.
               Segundo Elo: o capital social, temos o X que sabe cozinhar e o Y que sabe  
decorar os pratos, tendo um resultado de parceria.
               Terceiro Elo: quem você acredita que pode estar ajudando? Dê nomes,
endereços, telefones e convide para estar conosco, etc.
               Último elo: ajuntando todos e agregando valores podemos resultar num grande
tecido social, ou seja, tecer a rede do desenvolvimento da comunidade, formalizando o governo civil (Alexis Toqueville)

As ações dos agentes em rede podem mudar o modelo atual para o modelo que queremos: V  veja o quadro:


O lugar dos pobres:

                      MODELO ATUAL:                                          MODELO QUE QUEREMOS:
Não participar das decisões
* Participara das decisões
*Recebem doações, bolsas, vales...
* Ter trabalho e renda.
* Políticas sociais, precárias saúde, educação, moradia, saneamento...
* Se organizem em entidades ou
movimentos.

              Para isso precisamos focar que o agente é uma rede de atores locais e das relações que configuram o sistema produtivo no qual os agentes atingem as esferas econômicas, sociais, políticas e institucionais, com uma cultura própria, e geram uma dinâmica de aprendizagem coletiva. Exercendo a cooperação para inovar e competir.
              Esses fatores empiricamente remetem aos agentes a colocar imperiosamente a necessidade de se pensar em uma nova concepção de desenvolvimento que materialize os imperativos éticos da época atual:

1.    Cidadania;
2.    Desenvolvimento – Sustentabilidade;
3.    Justiça - Democracia;
4.    Eqüidade- Liberdade.



Missão dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário por meio do GESPAR
Os Agentes têm a missão de serem atores facilitadores  para garantir o
desenvolvimento  político, econômico, Social e cultural dos cidadãos e cidadãs, das comunidades e do governo civil. Esta revisão de concepção buscam desenvolvimentos efetivamente democráticos, participativos e de superação das heranças do passado, como: clientelismo, paternalismo, assistencialismo, corrupção, fisiologismo e o nepotismo.
                            Essa reconstrução do local por meio dos Agentes permitem fazer uma nova ótica do conceito comunitário, mais acurado, à nova fase de acumulação do capital humano e do capital social inativo, partindo da necessidade de uma sociedade mais organizada, democrática e participativa, com efetivo no empoderamento decisório. 
              A efetiva participação eleva o ator à condição de agente de mudança e a comunidade organizada à de protagonista pró-ativa do processo de gestão social. Para isso, vale fomentar que a oriunda origem da METODOLOGIA GESPAR – Gestão Participativa para o Desenvolvimento Local, que tem como eixo a capacitação/ assessoria de Agentes Produtivos.
              Aqui não há uma Receita Pronta e sim ingredientes locais que podem tempera com as transformações sócio-culturais seus modos de vida. Cabe replicar essa Metodologia na comunidade para a o Desenvolvimento Global e Sustentável e a cada dia adquirindo experiências com erros e acertos e conquistando o capital social para a integração comunitária. 
              Essas ações são positivas para a sustentabilidade das comunidades, o que não deve ser considerado é o hedonismo1 e sim uma busca heurística2 para fazer de nossas comunidades há mais desenvolvida do mundo. O desafio está lançado, cabe capacitar os Agentes e eles serem facilitadores para os atores da comunidade, permitindo que ocorram transformações à curto, médio e a longo prazo.

             
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1 Hedonismo: tendência a considerar que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida.
2 Heurística: conjunto de regras e métodos que visam à descoberta, à invenção ou à resolução de problemas.

ANÁLOGO do Filme “Vida de Inseto”.
              Analisando o filme “Vida da Inseto” baseando-se pela formiguinha Flirts (Agente de Desenvolvimento Comunitária),  na qual empreendeu que podiam ficar livres dos gafanhotos, criou uma máquina para catar grãos e ter a colheita para a comunidade e para os gafanhotos. Pena! Que o desastre dela colocou toda a sua comunidade em apuros. Houve então uma reunião do conselho no qual a princesa Ata decidiu puni-lá,  mas a formiguinha teve uma idéia de buscar ajuda de fora para fortalecer a comunidade.
              O conselho aprovou com desdém. Então saiu em busca de parceiros fortes para a comunidade. Consegui uma turma de trapezista que teve uma calorosa acolhida na comunidade.  Montaram um pássaro para ser guiado pela Flirts, no entanto, o pássaro falhou e então o Roger (gafanhoto líder) pegou a Flirts e começou a bater para intimidar as outras, mesmo fraca, levantou e mostrou que quando unidas somos fortes e acabaram com a desigualdade social da comunidade. Então por meio da Ação da Agente Flirts, ela multiplicou suas parcerias na comunidade, fazendo com que todo a grupo comprasse sua idéia e pudesse melhorar e transformar. Não foi fácil, pois houve um rompimento acurado da cultura local desde a fundação do formigueira. Mas ser facilitadora foi o que moveu a FLIRTS a ser uma empreendedora social.
              A escritora Clarice Lispector dizia: “A palavra é o meu maior domínio sobre o mundo”. No entanto, levar à comunicação por meio da GESPAR, proporciona à realização do sonho coletivo para o Desenvolvimento Comunitário, veja o exemplo deste filme e de tantos outros no dia-a-dia. Cabe à nós o exercício de sonhar e praticar mediante à Comunidade em desenvolvimento.
              Norteando essa realidade perfaz o empoderamento para diminuir o ciclo da pobreza, trazendo assim, a inclusão social em diversos setores da sociedade contemporânea. Fomentar claramente a participação-cidadã nas políticas publicas dá-se-ão um passo fundamental na Gestão participativa para o Desenvolvimento Sustentável globalizado.

Carapicuiba, 21 de novembro de 2005